Todos sabemos que os nossos hábitos influenciam a nossa qualidade de vida, e que a nossa postura é bastante importante na prevenção de lesões e no nosso bem estar geral. Mas será que temos noção da real dimensão, e das implicações destes factores na nossa vida?
Hábitos como levantarmo-nos de uma cadeira, entrar e sair do nosso carro, sentarmo-nos no nosso sofá, ver televisão, rotinas de trabalho, pela quantidade de vezes que os repetimos ao longo do dia ou pelo tempo neles despendido, vão, sem margem para dúvidas, modelar o nosso corpo, e condicionar a sua forma/função. Se pensarmos que damos em média 5.000 passos por dia, podemos ter uma ideia de que a maneira como os damos (muitas vezes de forma desequilibrada), pela sua repetição, vai implicar algumas consequências.
Se pensarmos também, que por vezes passamos horas sentados no sofá a ver televisão, podemos perceber que a forma como colocamos o nosso corpo, e até o posicionamento da televisão (mais á esquerda, ou mais á direita), vão a longo prazo condicionar a estrutura do nosso corpo, e originar certos desequilíbrios.
A própria maneira como trabalhamos, diariamente ao longo de anos a fio, pelos hábitos de trabalho e movimentos repetitivos que fazemos, vão, se não foram equilibrados e corretos, aumentar o nosso risco de lesão, e modificar a estrutura do nosso corpo para pior.
Sendo que a nossa postura é a soma dos nossos hábitos, todos estes exemplos, e muitos outros padrões que repetimos diariamente, sem termos disso consciência, vão contribuir (positiva ou negativamente) para a forma do nosso corpo (a nossa postura), e para a sua capacidade de movimento.
Muitas vezes pensamos que a nossa postura é a forma do nosso corpo quando estamos parados (sentados ou em pé), mas ela é não só isso, como também a base para o nosso movimento, e se partirmos de uma base desequilibrada, todo o movimento vai naturalmente refletir esse desequilíbrio.
Todos estes aspectos assumem particular importância, não só porque uma boa postura, e uma boa capacidade de movimento, previnem lesões musculo-esqueléticas, mas também porque a nossa postura, é o nosso primeiro cartão de visita, afeta a nossa estética, a energia que temos para as nossas atividades diárias, interferindo até na nossa vida social.
Se pensarmos que mesmo antes de vermos a cara de alguém conhecido á distância, já temos uma ideia de quem se trata e de como se encontra, pela sua forma de andar, e pela sua postura. Mesmo sem lhe vermos a cara, subconscientemente, já fazemos uma ideia de como está. Se essa pessoa está cansada, deprimida, com alguma dor, energética, contente, confiante, etc…
Todas estas mensagens corporais que enviamos, são interpretadas pelas outras pessoas, e condicionam a maneira como elas interagem connosco. Numa entrevista de trabalho, por exemplo, a nossa postura, a maneira como nos sentamos, como nos movemos, tem uma importância muito grande, na opinião geral que os avaliadores vão fazer de nós. Se parecemos confiantes, apáticos, deprimidos, etc..
Desta forma, a nossa relação com o nosso corpo, a consciência que temos dos padrões e movimentos que repetimos constantemente, os gestos que repetimos incorretamente, o tipo de exercícios e/ou terapias que fazemos para compensar e tratar os nossos desequilíbrios corporais, assumem uma dimensão inquestionável no nosso bem estar físico, psíquico, emocional, e até mesmo social.
Por isso, pense bem nos seus hábitos, na(s) sua(s) postura(s), identifique e corrija os menos positivos, e ajude o seu corpo a obter uma melhor forma/função. A sua vida futura vai de certeza agradecer!
Newsletter assinada por Alexandre Silva – Fisioterapeuta da Healthy Generation
Mais informações