“Enquanto a respiração for irregular, a mente permanecerá instável; quando a respiração se acalmar, a mente permanecerá imóvel e o yogi conseguirá a estabilidade. Por conseguinte, deve-se controlar a respiração.”Hatha yoga pradipika II. 2. |
Na respiração encontramos o maior veículo de remoção de toxinas. Na respiração temos dois caminhos para atingir o entendimento filosófico e o entendimento da existência de Deus: a inspiração e a expiração. A inspiração é o que nos conecta ao mundo externo, a expiração é o alento que nos ensina o desapego, o deixar sair. Esses dois caminhos são chamados de pravrtti marga – caminho da criação, e nivrtti marga – caminho da renúncia. A criação encontra-se na inspiração e a renúncia na expiração. Quantas vezes por dia você pensa na sua respiração?
Respiramos cerca de 20.000 vezes por dia. Em cada respiração, absorvemos por volta de 300 ml de ar, mas os nossos pulmões estão preparados para muito, muito mais, pois a capacidade pulmonar de um adulto é de cerca de 4 litros. A nossa respiração quotidiana movimenta apenas 10% do que nossos pulmões comportam. Se pararmos para pensar fazemos o mesmo com o nosso cérebro. Assim, o nosso corpo e a nossa mente funcionam com uma quantidade de combustível bem menor do que necessitam e jamais poderemos expressar plenamente, os nossos potenciais e viver uma vida, realmente saudável, se não aumentarmos a nossa absorção de oxigénio
E desta forma trabalhamos o nosso organismo de uma forma saudável. A respiração alimenta todos os nossos sentidos, as nossas funções orgânicas, células, órgãos e ao contrário deixa de alimentar sentimentos como raiva, rancor que trazem ao nosso organismo doenças. Apesar de não nos darmos conta, a respiração está, intimamente, associada às nossas emoções e padrões de comportamento. Observe como ela muda, tornando-se curta e superficial, quando estamos ansiosos ou com medo. No mecanismo respiratório, o músculo que separa o tórax, do abdomen, desempenha um papel importantíssimo
O diafragma funciona como uma membrana. Quando desce, intumescendo o abdomen, arrasta consigo a base do pulmão, aumentando o volume interno deste, o que produz a sucção do ar. Isto é a inspiração. Na expiração, dá-se exactamente o contrário; o diafragma, eleva-se, comprime os pulmões, expulsando o ar. Este mecanismo, tão belo e tão sadio, vai-se deteorando com a vida sedentária até quase desapare cer na maioria das pessoas maduras. É como se o diafragma morresse aos poucos. Passamos a realizar, somente a respiração com a parte superior dos pulmões. A parede abdominal por falta de exercícios, definha, não podendo mais sustentar em seus devidos lugares as víceras, que se dilatam e caem sob a solicitação da gravidade. E a velhice muito cedo chega, com a gordura que se acumula na zona abdominal. Contudo, a vicero ptose (deslocamento das vísceras) pode ser corrigida mediante a respiração diafragmática
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“Enquanto a respiração for irregular, a mente permanecerá instável; quando a respiração se acalmar, a mente permanecerá imóvel e o yogi conseguirá a estabilidade. Por conseguinte, deve-se controlar a respiração.”




