
A massagem é uma forma de manipulação da pele e dos tecidos que envolvem cada zona do nosso corpo, como tecidos musculares, ósseos, ligamentares e tendinosos. A partir do estímulo táctil e das diferentes pressões vamos estimulando os receptores nervosos que enviam as informações à medula óssea e daí passam para o hipotálamo, seguindo para o córtex. A partir do hipotálamo, mediador de emoções, temos a libertação de substâncias que actuam em nós, como a sensação de prazer, endorfinas e encefalinas, e é desta forma que uma massagem permite uma acção positiva pela parte do sistema autónomo – menos stress e ansiedade. Podemos ver então como benefícios o alívio do stress mas não só. A massagem combate as perturbações digestivas, promove o retorno venoso melhorando as perturbações cardíacas, ajusta o aporte sanguíneo e de nutrientes a zonas lesionadas, diminui inflamações, promove a diminuição de enxaquecas, pela redução da tensão e melhora as condições da coluna vertebral.
Uma das questões a abordar com extrema importância antes de iniciar o protocolo de massagem é a pele, pois desempenha um papel fundamental na introdução e preparação da massagem, como também na avaliação do estado de saúde do paciente.
Seja numa massagem de relaxamento ou numa massagem terapêutica, devemos seguir um determinado protocolo:
1. Preparação – criação de condições, preparação dos tecidos para o toque e aplicação do óleo
2. Amassamentos – a intensidade aumenta gradualmente através da hiperémia reactiva à técnica
3. Deslizamentos – fase descendente para efeito drenante
4. Fases específicas – onde há espaço para aplicação de técnicas de massagem terapêutica ou mobilização
5. Percussões – aumento da intensidade com intuito de vasodilatação e logo de seguida, uma drenagem
6. Retorno à calma – drenagem e toque suave para preparar para o final da sessão
Os factores a ter em consideração antes de fazer uma massagem são desde fracturas ósseas não consistentes a problemas inflamatórios. Devemos também ter atenção às embolias, infecções, febre, gânglios inchados, trombose, osteoporose ou doenças contagiosas. É importante verificar as horas de jejum ou de refeição e na gravidez temos também alguns cuidados a ter (nos primeiros três meses temos de ter atenção à força exercida, nos restantes a grávida fica de lado, o que promove a acalmia do bebé e serve também como auxílio no seu posicionamento). No caso de hipertensão arterial – se for uma massagem de relaxamento não há problema, se for uma massagem terapêutica já temos de ter atenção à intensidade, às alergias ou doenças de pele e um momento pós-cirurgico.
Referências bibliográficas:
Manual de Quiromassagem, Escola de Massagem e Nova Terapia 4NETP
Bertoja, V.; Tokars, E.; Os benefícios da massagem relaxante.
Braunstein, M.; Braz, M., Pivetta, H.; A Fisiologia da Massagem Terapêutica. 2011
Newsletter assinada por Marina Pires – Professora da Healthy Generation
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