
As lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMELT) afectam estruturas como os músculos, articulações, tendões, ligamentos, nervos ou o sistema de circulação sanguínea e são causadas ou agravadas principalmente pelo desempenho do trabalho e pelos efeitos do ambiente em que o trabalho é realizado.
Os distúrbios que ocorrem no ombro (p.ex. tenditines ou roturas tendinosas) são a 3ª causa mais comum de lesões músculo-esqueléticas, a seguir às lombalgias e dores cervicais (Van Der Heijden, 1999), causados muitas vezes, pelos movimentos repetitivos do trabalho, ou até mesmo pelo mau posicionamento à secretária.
A dor sentida no ombro, muitas vezes deve-se ao compromisso da coifa dos rotadores (Van Der Wintdt et al., 1995), nomeadamente a estrutura tendinosa do músculo supra-espinhoso, entre a cabeça do úmero e a superfície antero-inferior do acrómio, denominado conflito sub-acromial.
Por estas razões, devem ser identificadas e diagnosticadas o mais precocemente possível, todas as condições na articulação do ombro, para que se actue intensivamente e de forma funcional. Este plano de intervenção passa em grande parte por restituir o equilíbrio muscular dos estabilizadores dinâmicos do complexo articular do ombro (Pink M. e Jobe F., 1991).
O que melhora a estabilidade do ombro?
Um dos trabalhos a realizar na estabilização do ombro, é através do treino excêntrico, ou seja, aumentar o tempo de execução do exercício na fase de alongamento do músculo, em relação à fase de contracção. Este método permite dar maior comprimento à fibra muscular, logo menor tensão muscular.
Também o reforço do core é muito importante neste processo, pois melhora a postura, tem função de estabilizador, é transmissor de forças e cria um ponto fixo para acções segmentares.
Newsletter assinada por Sara Pedrosa – Professora da Healthy Generation
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