A obesidade é uma doença crónica não degenerativa que se caracteriza pela acumulação de gordura em excesso no organismo, desencadeando várias complicações ao nível da saúde. A incidência de riscos para a saúde associados à obesidade está associada à acumulação de gordura corporal total e à forma como está distribuída, existindo dois tipos de gordura. Gordura Essencial – acumula-se na medula dos ossos, no coração, pulmões, fígado, baço, rins, intestinos, músculos e tecidos ricos em lípidos no sistema nervoso central, fundamental para o normal funcionamento fisiológico. Gordura de Reserva – consiste na gordura acumulada no tecidoadiposo. Esta reserva inclui os tecidos adiposos viscerais que protegem os vários órgãos internos dos traumatismos, assim como, o volume, ainda maior, de gordura subcutânea. O peso ideal é aquele que proporciona ao indivíduo um bem-estar físico, mental e social. Muito mais do que atingir um peso tabelado considerado ideal, é necessário alcançar uma composição corporal adequada, tendo em conta as várias características do indivíduo. O contributo relativo da massa gorda e da massa magra na composição corporal do organismo poderá caracterizar genericamente, não só o estado nutricional, mas também indicar a presença de alguns factores de risco para as doenças cardiovasculares e de alguns traços de aptidão física. As definições de obesidade podem ser feitas com base no peso ou com base na quantidade de massa gorda. Com base no peso, destaca-se o índice de massa corporal (IMC), que é o método mais útil e generalizado para indicar o peso ideal. Isto porque permite um escalonamento entre pesos aconselháveis, que varia em função do somatotipo do indivíduo, já que é o resultado do quociente entre o peso em quilogramas e a altura ao quadrado em metros, não indicando um peso ideal em termos rígidos, mas sim indicando um balizamento dos valores médios alcançados. 
Vários estudos demonstram que a distribuição de gordura é outro factor importante a ter em conta. Para o mesmo peso e altura, podem existir diferentes composições e distribuições de gordura corporal, apresentando diferentes riscos para a saúde. O tipo de distribuição em forma de pêra (ginóide ou periférica) mais comum nas mulheres, onde se verifica mais gordura acumulada na zonas das ancas e nádegas, associa-se a problemas de retorno venoso e artroses nos joelhos. O tipo de distribuição de gordura em forma de maçã (andróide ou central), é mais comum nos homens e acumula-se preferencialmente nas regiões do tórax e abdominal. É um tipo de distribuição mais perigoso que se associa a um risco superior de diabetes tipo II, alterações das gorduras do sangue, hipertensão, doenças cardiovasculares e mortalidade de forma geral. 
Desta forma, é importante verificar regularmente o perímetro da cintura colocando a fita métrica na zona mais estreita do abdómen, sem apertar. O perímetro da cintura é um importante indicador de mortalidade relacionado com excesso de peso. COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À OBESIDADE: - Sedentarismo
- Alimentação Desadequada
- Hereditariedade
- Diabetes Tipo II
- Hipertensão Arterial
- Doenças Respiratórias
- Doenças Cardiovasculares
- Stress
Assim, é importante reafirmar que a obesidade deve ser encarada como uma verdadeira doença, que predispõe a outras doenças. Deve-se destacar a importância da actividade física para a perda de peso, pois quando se perde peso sem se fazer exercício, perde-se ao mesmo tempo gordura e músculo. Mas quando se ganha peso sem se realizar exercício, apenas se ganha gordura. Por isso deve-se valorizar a prática de actividade física regular para promover não só a queima calórica, que deve ser superior à ingestão de calorias, mas também a manutenção e desenvolvimento de massa magra. O exercício físico é pois, um hábito de higiene e de vida, sendo necessário fazê-lo de forma regular. É importante transmitir esta ideia e torná-la num fio condutor para a qualidade de vida. O importante não é a quantidade, mas manter constante o dispêndio energético considerado ideal. |